sexta-feira, 23 de maio de 2014

Rage Against The Machine - download da discografia completa




Rage Against the Machine (também conhecidos como Rage ou RATM) é uma banda de rock norte-americana, uma das mais influentes e polêmicas da década de 1990.

Uma forte característica do RATM é a mescla de hip-hop, rock, funk, punk e heavy-metal, com letras enérgicas e politizadas. Junto com a música de protesto, demonstraram a luta pela causa política, contra a censura, a favor da liberdade e em prol dos menos afortunados.

O som do grupo é bastante diferenciado, devido ao estilo rítmico e vocal de Zack de la Rocha e as técnicas únicas de Tom Morello na guitarra.

Logo após a banda terminar em 2000 três de seus membros (Morello, Tim Commerford e Brad Wilk) se juntaram a Chris Cornell ex-vocalista do Soundgarden e lançaram 3 álbuns com a banda Audioslave. Em 2007, os membros originais, após inicialmente anunciarem o regresso para um concerto único no festival Coachella, decidiram organizar uma turnê que se estenderá a diversos países.

 
História

A história da banda começou por volta de 1991. A primeira apresentação do Rage Against The Machine foi em Orange County. Em seguida o grupo gravou uma demo de 12 músicas, músicas estas que constituíram, majoritariamente, o primeiro CD da banda. Venderam 5.000 cópias da demo revertendo o lucro para o seu clube de fãs e também em vários concertos na região de Los Angeles. Deram dois concertos no segundo palco, Lollapalooza II em Irvine Meadows, Califórnia. Ali assinaram um contrato com a editora Epic.

No fim de 1992 os Rage Against the Machine fizeram uma turnê por toda a Europa realizando concertos para o Suicidal Tendencies. Terminada a turnê, lançaram o seu primeiro álbum, denominado "Rage Against the Machine", em 10 de Novembro de 1992. O disco vendeu mais de 3 milhões de cópias e esteve no Top 200 da Billboard durante 89 semanas. Inclui, entre outras músicas, Bullet In The Head, Bombtrack, Freedom, Wake Up (que entrou na trilha sonora do filme Matrix, anos mais tarde), e também Killing In The Name, um protesto contra o militarismo norte-americano.

Devido às suas atitudes e letras, o Rage Against The Machine foi censurado e proibido de realizar concertos em muitos estados norte-americanos. Ironicamente, a censura fez a banda crescer, o que a fez encara-la e lutar contra ela em grandes protestos. Em 1993, realizaram espectáculos em beneficência da Anti-Nazi League e da Rock for Choice.

No Lollapalooza III, desta vez no palco principal, o Rage Against The Machine subiu mas não tocou. Fizeram apenas um protesto anticensura contra a PMRC (Parents Music Resource Center), no qual cada membro da banda ficou de pé, nu, durante cerca de 15 minutos, cada um com uma fita preta na boca e com as letras P (Tim), M (Zack), R (Brad), e C (Tom) escritas no peito. Eles afirmaram: "Se não agirmos contra a censura, não teremos direito a ver mais bandas como os Rage!"

 
Sucesso na mídia

Em 16 de Abril de 1996, foi lançado o esperado segundo disco. "Evil Empire" entrou diretamente para o primeiro lugar do Top 200 da Billboard. O álbum crítica , entre outros, o governo de Ronald Reagan e a relação entre os EUA e a URSS e inclui faixas como Bulls On Parade, People of the Sun, Vietnow, Revolver, Roll Right e Tire Me (que ganhou o prémio de melhor performance de metal no Grammy Awards). Em Julho do mesmo ano a banda começou uma turnê pelos EUA que durou até Outubro.

No início de 1998 a banda gravou No Shelter, parte da trilha sonora do filme Godzilla. Em meados do ano, a banda começava já a ensaiar para o álbum "The Battle of Los Angeles". Em Setembro, a parte instrumental para as 14 músicas já estava pronta embora as letras estivessem ainda incompletas. Em Janeiro de 1999 a banda organizou um concerto em beneficência de Mumia Abu-Jamal. Apesar de alguns imprevistos, atraiu muita atenção. O mesmo concerto incluiu ainda as apresentações dos hoje bem conhecidos Black Star, Bad Religion e Beastie Boys. Em Genebra, Suíça, em 12 de Abril do mesmo ano, Zack de la Rocha manifestou-se contra as Nações Unidas referindo Mumia Abu-Jamal e a pena de morte nos EUA. O Rage Against The Machine tocou depois no Tibetan Freedom Concert e em Woodstock 99. Em Woodstock, queimaram a bandeira americana no palco enquanto tocavam Killing In The Name.

Um dos momentos mais marcantes dos Rage Against the Machine aconteceu durante a filmagem do vídeoclip “Sleep now in the fire”, em 26 de Janeiro de 2000. O vídeo dirigido por Michael Moore foi gravado à entrada da Bolsa de valores de New York, em pleno Wall Street. A banda causou um verdadeiro pandemónio, obrigando a Bolsa de New York a fechar uma hora antes. Os elementos da banda acabaram por ser presos.

 
Fim da banda

Em 18 de Outubro de 2000, o vocalista Zack de la Rocha declarou oficialmente que iria deixar a banda. "Sinto que é necessário abandonar o Rage pois não estamos conseguindo tomar decisões em conjunto", referiu à Imprensa. "Já não funcionamos como um grupo e eu acredito que esta situação está destruindo os nossos ideais políticos e artísticos. Estou muito orgulhoso do nosso trabalho, quer como ativistas quer como músicos, e também grato a cada pessoa que expressou solidariedade e partilhou esta incrível experiência conosco". Respondendo à declaração de Zack, Tom Morello disse: "Eu não tenho maus sentimentos, e desejo que Zack se dê bem com seu projeto solo. Mas todos estão excitados com as 29 músicas que nós temos gravadas, e algumas delas vão ser lançadas logo." Essa citação se refere ao álbum com material cover, lançado meses mais tarde. A Epic Records disse que estava muito triste com a notícias. Por algum tempo, Zack esteve trabalhando em seu projeto solo com outros artistas hip-hop, como DJ Shadow, Company Flow e Amir do The Roots.

Há quem diga que uma das razões da saída de Zack foi o fato ocorrido no mês anterior durante a apresentação VMA, no qual Tim Commerford escalou uma estrutura do palco e teve que ser retirado do Radio City Music Hall pela segurança. Ele fez isso em protesto ao fato da banda Limp Bizkit ter ganhado o prêmio de banda de rock de ano.

O prometido álbum de covers, chamado "Renegades", foi lançado em 5 de dezembro de 2000, e contava com "How I Could Just Kill a Man" (Cypress Hill), "Maggie's Farm" (Bob Dylan) e 'Renegades of Funk" (Afrika Bambaataa).
Zack passou a se dedicar à carreira solo, enquanto os demais integrantes se juntaram a Chris Cornell, ex-vocalista do Soundgarden, formando o Audioslave, que lançou o primeiro CD em novembro de 2002. No ano seguinte, saiu o disco Live at the Grand Olympic Auditorium, que contém uma apresentação ao vivo do Rage Against the Machine.

 
Regresso

Em 2007, os esperançosos fãs da banda receberam uma série de notícias que os fizeram acreditar novamente na reativação das atividades da banda.
Primeiro, receberam a notícia que tanto desejavam: o Rage Against The Machine se reunirá mais uma vez, como atração principal na edição 2007 do festival Coachella, em abril, na Califórnia.

Após, Chris Cornell, vocalista do Audioslave, anunciou sua saída da banda por "conflitos pessoais e diferenças musicais".

E por fim, em 25 de Fevereiro de 2007, foi anunciado que o RATM marcou mais três datas, como parte do festival de hip hop Rock The Bells, tocando ao lado do Wu-Tang Clan. Após a apresentação no Coachella, Tom Morello disse que não há planos para novo material do RATM.

Em 7 de Junho, entrou no ar a página www.ratm82407.com, um site do RATM que mostra duas contagens regressivas. Rumores dizem que se trataria do anúncio de uma turnê mundial, visto que o sítio foi registrado pela empresa Live Nation, responsável por agendar grandes turnês para bandas.

Depois de se confirmar uma turnê pela Austrália na edição de 2008 do Big Day Out, o RATM anunciou o regresso à Europa, para o Rock Am Ring e Rock Im Park na Alemanha e o Pinkpop Festival nos Países Baixos. A 13 de Dezembro de 2007, foi confirmado o regresso dos RATM a Portugal para um concerto no festival Optimus Alive!, em Algés, a 10 de Julho de 2008. Recentemente Brad Wilk disse em uma entrevista para o site Diabetes Forecast que a banda tem planos para uma turne na América do Sul em 2010. Segundo ele "A próxima coisa no futuro do RATM é uma turne pela America do Sul em 2010. Quem sabe um novo disco seja legal. Nós também devemos fazer uma turnê pelos EUA".

 
 
Jogos

Em 2000 a música "Guerrilla Radio" estava presente na abertura e na trilha sonora do game Tony Hawk's Pro Skater 2.

Em 2004 a música "Killing In The Name" estava presente na Radio X do jogo GTA San Andreas.

Em 2006 a música "Killing In The Name" estava presente no quinto show do game Guitar Hero 2

Em 2007 a música "Bulls on Parade" Estava Presente no Primeiro Encore do Jogo Guitar Hero III.

Em 2008 a música "Testify" Estava Presente no Jogo Rock Band II.

Em 2009 a música "Guerrilla Radio" estava presente na trilha sonora do game Madden NFL 10.

Em 2009 a música "Killing In The Name" estava presente na trilha sonora do jogo Guitar Hero Smash Hits
 
 
Integrantes

Zack de la Rocha - vocal
Tom Morello - guitarra
Tim Commerford - baixo
Brad Wilk - bateria
 
 
Discografia

Álbuns de estúdio
1992: Rage Against the Machine
1996: Evil Empire
1999: The Battle of Los Angeles
2000: Renegades
 
Álbuns ao vivo

1998: Live & Rare
2003: Live at the Grand Olympic Auditorium



Link para baixar a discografia completa CLIQUE AQUI

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A Servidão Moderna - Documentário completo e dublado


Hoje vivemos a falsa ilusão de sermos livres e que podemos fazer o que bem quisermos. É fato que podemos fazer várias escolhas, dentro de um leque de opções limitadas determinadas por um sistema que impõe sua regras, prazos e limites, obviamente. Assim nos tornamos escravos do capitalismo obrigados a pagar a crédito com nosso sangue aquilo que consumimos. No mundo do trabalho assumimos uma rotina onde somos facilmente conduzidos por um sistema opressor controlado pela burguesia e seu Estado, onde os oprimidos desejam a vida do opressor.


Se observarmos a nossa rotina podemos entender que somos totalmente controlados, nos tornando “ESCRAVOS MODERNOS” onde consumimos o que produzimos e pagamos com o nosso suor e nossa vida. Trabalhamos para obter dinheiro e é com esse dinheiro que compramos os bens de consumo que nos induzem a tornarmos prisioneiro de nossa própria armadilha, levados pela ilusão da aquisição de bens e serviços criados pelo Sistema Totalitário do Capital.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

POR TRÁS DA RETÓRICA ELEITORAL



Por Gabriel Vaccari em Revista O Viés


O modo primordial e elementar em que a economia existe para o homem comum é a preocupação”. Karel Kosik
Faltando pouco menos de cinco meses para a eleição presidencial de outubro, o cenário da disputa entre as três principais candidaturas toma forma e a diferença das posições se torna mais nítida. Na concorrência por votos e por apoio político, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos sinalizam através de seus discursos econômicos como pretendem seduzir politicamente as classes populares e as elites empresariais.
Líder nas pesquisas de intenção de voto, mas vendo sua margem de vantagem diminuir, a presidenta Dilma vestiu o figurino varguista e foi à TV na véspera do primeiro de maio, dia do trabalhador. Anunciou a correção da tabela do Imposto de Renda na fonte, a atualização em 10% dos valores do Bolsa Família e a continuidade da política de valorização do salario mínimo. Com tais medidas, a candidata petista parece estar adotando neste momento a tática de estabelecer contato direto com os interesses materiais dos mais pobres, que apesar de serem, em sua grande maioria, desorganizados politicamente, constituem a fração de classe decisiva na resolução das eleições no Brasil, já que cerca da metade do contingente eleitoral do país tem rendimento médio de até dois salários mínimos mensais.
Priorizando a aproximação com o eleitorado pobre, Dilma contraria ainda mais os interesses de setores das elites empresariais já descontentes com sua forma de condução da economia. Numa conjuntura em que “o mercado” (leia-se: capital financeiro) cobra de forma cada vez mais incisiva políticas econômicas austeras, as medidas populares (os populistas?) do governo, que representam um aumento do gasto do Estado com políticas sociais, soam como afronta aos ouvidos dos círculos do empresariado.
Mesmo que durante os doze anos de governos do PT os interesses do grande Capital não tenham sido ameaçados em momento algum, para diversos segmentos empresariais chegou o momento de uma mudança que aprofunde as reformas liberalizantes pró-mercado na economia brasileira. Com o desgaste do mecanismo de crescimento calcado na exportação de commodities agrícolas, que possibilitou o pacto lulista de classes da última década, se torna muito difícil manter a defesa dos privilégios dos setores dominantes conciliada à diminuição da pobreza.
Diante dos dilemas da situação atual, um segmento importante do grande empresariado parece estar cansando do cenário conciliador proposto pelos petistas.
Na edição do dia sete de maio, o jornal “Valor Econômico” publicou o resultado de uma pesquisa informal de intenção de voto realizada na festa de entrega do prêmio “Executivo de Valor”.  Os números não deixam dúvidas sobre o franco favoritismo do tucano Aécio Neves na elite empresarial: de 249 convidados presentes, entre eles chefes-executivos premiados de 23 setores econômicos e gestores influentes de grandes empresas brasileiras, votaram 103. Aécio Neves ficou com 72 votos, 70% do total. O candidato do PSB, Eduardo Campos, teve 17 votos, 16,5% das preferências. A presidente Dilma Rousseff teve apenas 3 votos. O jornal também solicitou aos convidados que dessem nota de zero a dez ao governo. 88,5% dos votantes deram notas de zero a cinco, sendo que 16,67% atribuíram nota zero. Somente uma pessoa deu nota 10.
A predileção de amplos segmentos capitalistas pela candidatura oposicionista do PSDB pode ser explicada, entre outros fatores, pelo caráter das manifestações públicas recentes de Aécio e sua equipe.
Em apresentação oferecida a empresários paulistas no começo de abril, o tucano afirmou estar “preparado para tomar decisões necessárias, por mais que elas sejam impopulares” (Folha de São Paulo, 03/04). Dias depois, o ex-presidente do Banco Central de FHC e coordenador do programa econômico de Aécio, Armínio Fraga, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, reforçou a afirmação e deu pistas do seu significado concreto.
Na sua avaliação, a economia brasileira precisa de um choque de disciplina restritiva no próximo período, com diminuição do gasto público, centralidade no controle da inflação, retomada do programa de privatizações e desaceleração do consumo e do emprego. Quando questionado sobre a política do salário mínimo a ser adotada no próximo período, com vistas a garantir a estabilidade econômica, Armínio foi categórico ao responder que “É outro tema que precisa ser discutido. O salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos. É uma questão de fazer conta. Mesmo as grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o mercado de trabalho. A política do salário mínimo tem tido impactos relevantes”.
Na visão da ortodoxia liberal tucana, as políticas recentes de expansão da renda – criação de empregos, elevação real do salário mínimo, expansão do crédito e programas sociais –, desacompanhadas da elevação de produtividade, estão gerando o desequilíbrio entre oferta e demanda, abrindo assim as portas para o descontrole inflacionário. Em síntese: esgotou-se a capacidade de crescer pelo consumo (da população).
É compreensível que o receituário ortodoxo soe como uma canção fantástica aos ouvidos empresariais.
A questão é como Aécio Neves poderá maquiar seu discurso para poder apresentá-lo de forma aceitável aos eleitores das classes populares que dependem do gasto estatal para diminuir sua situação de vulnerabilidade social. Nessa missão, o tucano tem um aliado cênico importante: a grande mídia. Os principais oligopólios de comunicação do país vêm utilizando o catastrofismo em torno do aumento da inflação, que corrói o salário e o poder de compra dos mais pobres, para forçar o rebaixamento da avaliação popular do governo. Desestabilizada a confiança em Dilma, aumenta a possibilidade de Aécio apresentar seu programa ultra liberal como um programa popular.
Correndo por fora, em terceiro lugar nas pesquisas, aparece Eduardo Campos, candidato pelo PSB. Do ponto de vista das concepções de política econômica, o roteiro de Campos não difere em essência do de Aécio. Seu projeto é também o rigor macroeconômico com disciplina fiscal, estabilidade monetária e flutuação cambial. Contudo, em virtude de suas vacilações decorrentes de discordâncias com sua vice, Marina Silva, em relação a temas importantes para o sistema financeiro, como a garantia de autonomia operacional do Banco Central, o ex-governador de Pernambuco vem perdendo as confianças empresarial e midiática que vinha adquirindo recentemente.
Ainda assim, joga a seu favor a seguinte equação eleitoral: em um eventual 2º turno, suas chances seriam muito maiores que a do tucano, porque ele contaria com o voto dos eleitores de Aécio, enquanto o contrário não se daria. Dificilmente os eleitores atraídos à candidatura de Campos pela sua vice Marina Silva votariam em Aécio. Seria alta a probabilidade de que os eleitores de Marina se dividissem entre Aécio e Dilma, levando a candidata do PT à vitória em 2º turno. Se Campos tiver capacidade de transformar esta equação em confiança política empresarial, suas chances podem aumentar.
A tendência é que o próximo pleito presidencial confirme a clivagem social observada em 2006 e 2010, quando os setores mais pobres, com renda mensal inferior de até dois salários mínimos, atraídos pelas políticas sociais, aderiram ao voto nas candidaturas petistas, enquanto as classes médias e ricas, com renda mensal superior a cinco e a dez salários mínimos, votaram maciçamente nas candidaturas tucanas.
Do ponto de vista quantitativo, a escolha eleitoral dos mais pobres pesa mais. Por isto, Dilma é favorita para a reeleição.
Em última instância, para além de suas diferenças, as três candidaturas buscam o apoio do voto popular para ganhar as eleições. Depois sua governabilidade estará a serviço e dependerá dos interesses das elites econômicas que financiam suas campanhas.
O financiamento privado das campanhas é o mecanismo através do qual o poder econômico dos grandes capitas coloniza o sistema político brasileiro. Para se ter ideia do quadro, juntos, PT, PSDB e PSB estimam gastar algo em torno de R$ 500 milhões com a campanha eleitoral de 2014, quase o dobro do que gastaram em 2010 (R$ 266 milhões). O PSDB deve gastar em torno de R$ 200 milhões, enquanto PT e PSB gastarão R$ 150 milhões em suas respectivas campanhas.
Até outubro, muita água vai rolar no moinho satânico da política. Para além e para aquém da retórica eleitoral, nos subterrâneos do debate público, é a dialética entre economia e correlação entre as classes que dá sentido concreto aos interesses em jogo.
POR TRÁS DA RETÓRICA ELEITORAL, pelo viés do colaborador Gabriel Vaccari*
*Gabriel Vaccari é graduado em Filosofia e e mestrando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Fontes:
http://oglobo.globo.com/pais/pt-psdb-psb-estimam-gastar-500-milhoes-na-campanha-eleitoral-12466710
SINGER, André Vítor. Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo. Companhia das Letras, 2012.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

10 ideologias do nazi-fascismo

O nazismo e o fascismo foram regimes políticos que surgiram durante o chamado período entre-guerras (1919-1939). O clima na Europa era de tensão devido aos problemas políticos, sociais e econômicos que surgiram após a Primeira Guerra Mundial. Os problemas aumentaram ainda mais com a Crise de 1929, nos Estados Unidos.
Assim, prometendo a solução para a crise em seus países, Mussolini e Hitler assumiram, respectivamente, o poder na Itália e Alemanha. Posteriormente, Francisco Franco assumiria o governo da Espanha. Esta lista é sobre as características do nazi-fascismo, baseado em ideologias que tiveram grande impacto (alguns terríveis) na Europa e no mundo.
Algumas imagens abaixo fazem parte da propaganda nazista nas décadas de 1930 e 1940. Ainda que fossem comuns para a maior parte do povo alemão na época, algumas inspiram terror.

1- Totalitarismo

Várias bandeiras do nazismo enfileiradas
Totalitarismo significa a presença de um estado forte, cujo poder central tem autoridade absoluta. Esta ideologia defende que o indivíduo deve viver em função do estado. O totalitarismo está baseado no seguinte princípio: “tudo dentro do estado, nada fora do estado e ninguém contra o estado”. Para controlar um grupo de camponeses da cidade de Guernica – imortalizada na pintura de mesmo nome criada por Picasso – Francisco Franco teve a ajuda da aviação militar alemã (Luftwafe).

2- Militarismo

Pai e filho juntos na guerra
Tradução: Pela vida e liberdade
Militarismo é uma ideologia que acredita na guerra como fator de grandeza e prosperidade. Assim, a sociedade só consegue se desenvolver quando governada ou guiada por conceitos incorporados na cultura, na doutrina ou no sistema militares. Segundo este princípio, Hitler teria dito: “Na guerra eterna a humanidade se torna grande – na paz eterna, a humanidade se arruinaria”.

3- Ultranacionalismo

Hitler segurando a bandeira do nazismo
Tradução: Vida longa à Alemanha
Ultranacionalismo exalta tudo que é próprio da nação, de uma forma exagerada. Toda a política interna está ligada ao desenvolvimento do poder nacional. Esta ideologia vem carregada de autoritarismo, esforços para a redução ou proibição da imigração, expulsão e opressão de populações não-nativas dentro da nação ou de seu território e emocionalismo

4- Unipartidarismo

Mussolini saudando a população
Unipartidarismo significa a existência de um só partido. Para fazer valer este princípio, Hiter e Mussolini dominaram o poder executivo e judiciário, enfraqueceram o poder legislativo, perseguiram políticos opositores e implantaram regimes ditatoriais em seus países.

5- Controle da propaganda

Mãe guiando seus filhos
Tradução: Mães, lutem por seus filhos!
 O controle da propaganda era uma característica forte em regimes totalitários, destinado a convencer as pessoas e manter o controle do Estado sobre a população. Junte-se a isto a forte repressão política contra a liberdade de expressão, imprensa ou qualquer manifestação contrária ao regime. Através dele, buscava-se manipular a opinião pública e fazer o povo trabalhar e viver pelo regime.

6- Culto ao líder



O totalitarismo passou por um forte trabalho de culto ao líder, visando construir a imagem de um governo forte e onipotente. A construção desta imagem ia desde a representação em obras de arte, como o retrato a ser saudado nas escolas. Mussolini recebeu o título de Duce e, Hitler, o título de Fuhrer. Ambas palavras significam algo como “Grande Chefe”. Na Alemanha, a leitura do livro Mein Kampf (Minha Luta), escrito por Hitler, era estimulada entre a população.

7- Anticomunismo

Nazista perseguindo comunistas
Tradução: não disponível
As vezes é difícil compreender uma posição político-ideológica nos regimes nazi-fascistas, em especial no nazismo.  O regime alemão não depositava todas as suas fichas no capitalismo, mas também odiava o comunismo, apesar do “nacional-socialismo”.  Assim, o anticomunismo se caracterizou pelo desprezo às ideologias de esquerda, governos de origem socialista, movimentos operários, greves e sindicatos.

8- Racismo

Dois jovens alemães sem camisa
Tradução: Nós preparamos o corpo e a alma
 O racismo esteve presente mais visivelmente no nazismo alemão. Neste caso, o ódio era disseminado a todos aqueles que não pertenciam à raça ariana, denominação dada às características físicas e biológicas do chamado povo alemão. Este fato estimulou a eugenia, ou seja, a tentativa de criar uma raça pura. No caso alemão, isto significava eliminar os impuros, em especial os judeus.

9- Antissemitismo

Dedo apontado para um judeu
Tradução: Ele deve ser culpado pela guerra
 O antissemitismo não surgiu na Alemanha, mas lá obteve seus contornos mais terríveis que levaram à mortede mais de 6 milhões de judeus em campos de concentração e extermínio, como Auschwitz e Bikernau. Assim, o antissemitismo se manifestou através do ódio, perseguição, tortura e extermínio dos judeus. A princípio, judeus tiveram seus bens confiscados e muitos foram expulsos ou fugiram da Alemanha. Dentre os que permaneciam, havia também o isolamento nos guetos e o uso como cobaias em experiências científicas.

10- Expansionismo

Desenho do avanço da blitzkrieg alemã
 A ideologia nazista pregava a existência de um espaço vital para os alemães, chamado de lebensraum, ou seja, um grande território para que a raça ariana pudesse se desenvolver. Vale ressaltar que Hitler tinha a intenção de conquistar praticamente o mundo todo, assimilando as regiões que tivessem forte concentração alemã, como as colônias germânicas no sul do Brasil. O expansionismo levou Hitler a invadir a Polônia, fato que fez estourar aSegunda Guerra Mundial.
Para concluir, vejam a mensagem deixada por Charles Chaplin no filme “O Grande Ditador”, de 1940. Neste filme, ele faz um último discurso, condenando as práticas totalitaristas e a transformação do homem em máquina. Sua mensagem é a mais atual possível.


domingo, 18 de maio de 2014

TV Revolta, Serra e a direita financiada



A popularidade da direita é questionável, como sempre. A mídia e a elite abastada impõe sua pauta, e seu ódio, através do seu poder financeiro, seja ele em meios profissionais ou mesmo em páginas tidas como amadoras
Publicado em Cômicas Políticas
Não é de hoje que reservamos algum espaço nas nossas postagens para rebater mentiras e criticar a postura de algumas páginas de direita. Em especial sempre fizemos referência ao TV Revolta. Como muitos sabem, trata-se de uma página que dissemina o discurso da direita e fotos de gatinhos, frases de auto ajuda e toda aquela bobagem sem sal.
O uso desse conteúdo “neutro” rola sempre lado a lado à postagens mais raivosas contra a corrupção e a política de forma geral, mas claro, sempre voltado ao PT quase que exclusivamente. É a velha formula do senso comum que pega a garotada, e muita gente madura também, desprevenida e de tabela, agrada aos reacionários de longa data.
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Gráfico 1, evolução do público da página TV Revolta nos últimos 3 meses. Social Bakers.com
É de se esperar que uma página assim tenha forte adesão da massa, mas de algum tempo pra cá, precisamente um mês, ela deu um salto na sua taxa de crescimento. Analisando o intervalo de 18 de março até 18 de abril, observa-se um crescimento moderado, cerca de 100mil entradas. No intervalo entre 15 de abril à 13 de maio no entanto a página teve um crescimento de 1.5milhões de fãs, como pode ser visto no gráfico 1.
Para quem não acompanha popularidade de páginas, comparamos o TV Revolta com outra página coxinha de grande aderência no facebook. A página do Luciano Huck, com todo o aparato publicitário, sua fama de comedor de bananas e seu extenso tempo de tv aos sábados na maior emissora do país, atinge nada menos que 13milhões de fãs no facebook. Ele está atualmente crescendo em uma velocidade de 500 fãs por hora, segundo a ferramenta quintly.com, de onde reproduzimos o gráfico 2. Como então se explica a popularidade da página TV Revolta, que na mesma análise consegue atingir nada menos que 13mil entradas por hora, como se vê no gráfico 3.
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Gráfico 2: Famoso global comedor de bananas e um recorte da sua taxa de crescimento em 15/05/14.
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Gráfico 3: TV Revolta atinge picos de 13mil fãs por hora em 15/05/14, veja em tempo real
Nesse ritmo, eles podem agregar mais de 200 mil fãs por dia. Se considerarmos esse índice, em 5 dias eles terão outro milhão de fãs. Com isso em menos de 2 meses eles serão a maior página coxinha do facebook, à frente do Luciano Huck (!!!!).
“TV Revolta, hoje, é uma forte influência negativa na rede e devemos combatê-los de toda forma!! o/”
Na realidade não pensamos assim, vemos uma página é bem fraquinha na verdade. Qualquer um minimamente informado tem condições de contra-argumentar em um debate com quaisquer fãs do TV Revolta e suas bobagens. A grande questão disso tudo é: Como eles estão crescendo assim?
Simples adesão do público por conta do alto nível de conteúdo da página está descartado, restam duas possibilidades, uso de robôs no facebook ou, publicidade paga.
Não vamos especular sobre robôs pois esse é um assunto batido, todos nós sabemos que a página está cheia de fakes, basta você abrir um post e ver como são os compartilhamentos. Diversos usuários compartilhando o mesmo post com diferença de segundos. Esse tipo de ação interfere no número de pessoas que estão “falando” sobre a página. Seria, o quanto ela é relevante. Porque nada adianta ter uma página cheia de pessoas se ninguém fala sobre ela.
Para ter um grande número de curtidas, você precisa divulgar fortemente a página. É realmente difícil especular o quanto tem sido gasto de publicidade para fazer a TV Revolta crescer nessa velocidade, mais difícil ainda é saber de onde vem esse dinheiro. Porque publicidade tem custo e não é baixo. A quem seria interessante promover uma página boba mas com forte conteúdo anti-PT?
Ainda na página SocialBakers podemos ver que o TV Revolta, foi a segunda página que mais crescia no dia 15/05. O crescimento é comparável a página do Oscar dos Santos, jogador de futebol, que aparentemente tem investido muito para crescer nas redes sociais. A página da FIFA, a página do Neymar… e PASMEM!
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Ranking das páginas que mais cresceram no último dia (15/05/14)
A página do Serra! Isso mesmo, José Serra andou anabolizando sua rede social por 2 dias, totalizando uns 150mil fãs nesse período. HAHAHA! Acompanhamos esse repentino crescimento por acaso. A página que pertence ao endereço fb.com/timeserra45 aparentemente estava offline, pois não conseguimos rastrear seu crescimento em tempo real, assim como não conseguíamos acessa-la. Mas ela voltou ao ar, com espantosos 180mil fãs. Duvida?
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Não vamos tentar fazer escândalo sobre isso né? É óbvio que com a popularidade vampiresca do ex-governador, somente pagando pra que alguém dê ouvidos ao que ele diz. Mas não deixa de ser engraçado, o político que não é candidato a nada, repentinamente inflar sua página no facebook, página essa com nome de “timeserra45″, estaria o tucano se preparando pra alguma campanha política?
Além dessa suspeita, fica no ar também uma certa falta de credibilidade, pois toda a popularidade do Serra é comprada. Cara, que coisa mais… tosca. Ele que é um cara tão conectado não consegue reunir sua militância ao redor de si sem que seja pagando por publicidade? Convido nossos leitores, caso tenham um tempo de sobra, a olharem os gráficos de evolução das páginas de esquerda ou mesmo dos políticos da esquerda. Vejam se vocês encontram alguma anomalia como a desse gráfico?
Chega a ser uma vergonha, pois no fim, uma página seria o reflexo da popularidade do político. Vejam vocês que, do dia pra noite Serra agora desponta como um político bastante popular. Pra se ter ideia, a página da Dilma esta atualmente bem próximo de atingir 500mil fãs. Um longo trabalho de divulgação e dos militantes que à apoiam. Diferente do nosso, quem sabe, candidato José Serra.
Voltando a falar do TV Revolta, e dessa vez com dados atuais, aqui está o ranking 5 páginas que mais cresceram nos últimos 7 dias.
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Ranking das páginas brasileiras que mais cresceram nos últimos 7 dias (16/05/14) – http://naofo.de/89o
Para vocês terem uma ideia, dentre as páginas mundiais que mais cresceram no mundo no último dia, a que está em quinto lugar é a Facebook for every fone. Com apenas 550mil fãs em 1 único dia. Estamos falando da página do aplicativo de celular do próprio Facebook(!). Atualmente (agora mesmo) o TV Revolta está crescendo numa taxa de 250mil fãs por dia, metade da página citada antes, considerando as variações de horário estimamos que ela deva ter um crescimento diário de 170 à 200mil fãs.
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A torneira do dinheiro está aberta por aqui.
Se observarmos outras páginas, como as que aparecem no ranking, elas são patrocinadas pontualmente, tendo picos de entrada. Basta você ver os gráficos de curtida de qualquer das páginas com grande publicidade ou mesmo a página do Serra, hahaha.
Conclui-se então o óbvio, a popularidade da direita é questionável, como sempre. A mídia e a elite abastada impõe sua pauta, e seu ódio, através do seu poder financeiro, seja ele em meios profissionais ou mesmo em paginazinhas “amadoras”.
Por fim, a torneira de dinheiro está aberta no TV Revolta. Mas afinal, quem está financiando isso? Pois é um interesse visivelmente político. Pensava-se que os militantes pagos para atuar na internet eram da esquerda, não eram? Bem, fica pra quem quiser responder.
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Em tempo, vamos em breve mostrar os fakes que compartilham conteúdo das páginas de direita e outras páginas “neutras” que tem sido financiadas.