segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Novo capítulo do genocídio palestino


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As imagens das crianças assassinadas revoltam o mundo

Por Hugo Souza

O Estado ilegal, ilegítimo, fascista, criminoso e genocida de Israel desencadeou em meados de novembro mais uma das suas periódicas ofensivas de brutalidade e morte na Faixa de Gaza, parte do território da Palestina invadida e há décadas ocupada pelo sionismo, tudo sob a chancela da ONU, do USA e da "comunidade internacional", nome pomposo que se costuma usar como coletivo para as potências capitalistas.
É mais um capítulo de um amplo projeto de limpeza étnica planejado para varrer do mapa os verdadeiros donos de todo aquele chão. Mais um capítulo escrito com sangue pelos senhores da guerra sionistas. São autênticos assassinos colonialistas que posam de "estadistas" e de honrados "generais" enquanto ordenam o extermínio de velhos, crianças, mulheres e de combativos jovens que, com altivez e coragem, compõem a linha de frente da resistência palestina na Faixa de Gaza.
Trata-se de mais uma truculenta e covarde ofensiva militar que visa intimidar e enfraquecer aquela resistência e, para aproveitar a viagem - a curta viagem dos mísseis, das bombas, de toda sorte de artilharia pesada e até de armas químicas atiradas no imenso campo de concentração no qual Israel transformou a Faixa de Gaza -, matar tantos quantos palestinos for possível assassinar com a oportunidade que se abre. Isso sem contar a natureza de provocação que todo ataque a Gaza tem, a fim de, à primeira pedra atirada contra um soldado israelense, a carga assassina aumentar a título de "autodefesa". Este é modus operandi no terror sionista na Palestina invadida.

FÓSFORO BRANCO QUEIMA CRIANÇAS VIVAS

A agressão começou no dia 14 de novembro. Dois dias depois, os covardes ataques de Israel mataram um dos líderes do Hamas, Ahmed Abu Jalal, dois de seus irmãos e um vizinho. No dia 18 de novembro, apenas quatro dias depois de desencadeada a nova ofensiva sionista, o próprio primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu que as bombas do seu exército já haviam atingido mais de mil alvos em Gaza. Até o dia 21 de novembro já eram mais de 140 palestinos mortos e cerca de mil feridos. Mais uma vez Israel tentou "explicar" as mortes com a patranha de que o Hamas usa a população de Gaza como "escudos humanos". O comando sionista autorizou a convocação de 75 mil reservistas, no rufar dos tambores de uma chacina de larga envergadura.
A operação "Pilar Defensivo" - nome fantasia para uma ofensiva que na verdade é de agressão - só não se transformou em uma ofensiva terrestre do exército sionista porque o povo palestino recebeu retumbantes manifestações de solidariedade dos povos trabalhadores mundo afora, em centenas de cidades do planeta, em algumas das maiores delas, com grandes marchas antissionistas sendo realizadas em metrópoles como Nova Iorque, Londres, Quebec, Santigado e Paris, enquanto crianças palestinas jaziam nos braços das suas mães com os corpos pela metade e com carne carcomida pelo fósforo branco sionista.
As bombas de fósforo branco são altamente incendiárias e podem provocar queimaduras terríveis e até a morte instantânea. São equiparáveis a armas químicas, mas que não são abrangidas pela Convenção de Genebra como tais. Segundo o Direito Internacional, ou seja, o Direito do imperialismo, é permitido o seu uso em bombas de fumaça, usadas para camuflar movimentações de tropas. Em Gaza, são usadas pelos sionistas para queimar os palestinos vivos, muitos deles crianças, tendo em vista que Israel bombardeia tanto delegacias quanto escolas, tanto hospitais quanto casas das lideranças da resistência, tanto creches quanto centros comerciais.

'ISRAEL, A PALESTINA NÃO É TUA!'

Em Paris, por exemplo, pelo menos cinco mil pessoas saíram às ruas empunhando faixas com dizeres como "Israel, a Palestina não é tua!", "Gaza, não te esquecemos!" e "Israel criminoso, Hollande (presidente da França) cúmplice!".
Foram manifestações como todas estas que impediram ainda mais violência contra o povo palestino, e não os "apelos da comunidade internacional", como o monopólio da imprensa tenta fazer crer, citando os "esforços" da hipócrita ONU, na figura do seu secretário-geral, Ban Ki-moon - que pediu "trégua" entre Israel e o Hamas, e a viagem da secretária de Estado ianque, Hillary Clinton, à região a fim de "tentar acalmar o conflito entre israelenses e palestinos", como se o massacre promovido por um dos exércitos mais bem armados do mundo em um território permanentemente sitiado e sob bloqueio econômico pudesse se configurar um "conflito".
Enquanto isso, o USA, maior fiador do genocídio palestino, cacareja, na voz do chefe imperialista Barack Obama, que "Israel tem o direito de se defender", prerrogativa sistematicamente negada pelos ianques quando se trata de nações como Irã e Coreia do Norte, que estão longe de serem repúblicas populares, mas que também não chegam perto de serem protetorados do USA pelo mundo, hienas do imperialismo.

RESISTÊNCIA SURPREENDE COMANDO SIONISTA

As imagens do ataque que correm o mundo são irrefutavelmente de um covarde genocídio, ainda que o monopólio da imprensa insista em tentar desqualificar toda e qualquer imagem chocante que dê conta das atrocidades levadas a cabo pelo imperialismo e seus associados mundo afora - como agora, em Gaza -, dizendo sempre que "não é possível comprovar a autenticidade das imagens".
É importante lembrar que nos intervalos entre uma agressão de maior envergadura e outra o processo de opressão e genocídio do povo palestino não é interrompido. Ao contrário: ele é permanente e se dá no cotidiano da Palestina invadida, com assassinatos, agressões, humilhações, prisões arbitrárias, bloqueio econômico, colonialismo cada vez mais acirrado na Cisjordânia etc.
Mas a resistência palestina segue firme em seu único propósito, o de libertar a Palestina invadida do inimigo sionista. No dia seguinte ao começo da ofensiva de agressão "Pilar Defensivo", mísseis foram disparados de Gaza contra Tel-Aviv, a maior cidade de Israel, para surpresa do sionismo, que acreditava ter destruído todos os sistemas de lançamento de mísseis de médio alcance do Hamas.
Três mísseis lançados de Gaza também atingiram os arredores de Jerusalém pela primeira vez na história. Brigadas palestinas anunciaram ter derrubado um caça F-16, de fabricação ianque (como é de fabricação ianque o sistema antimísseis que destrói a maioria dos projéteis disparados de Gaza contra as cidades israelenses), que estava sendo usado nos covardes ataques de Israel. Em um comunicado de solidariedade ao povo palestino, o secretário geral do Hezbollah observou:
"O lançamento dos mísseis Fayr-5 contra Tel-Aviv é um acontecimento de grande importância e uma operação de grande escala na luta e na resistência contra Israel e na história do conflito árabe-israelense. É um fato muito revelador e tem um grande significado."
A reiterada combatividade e a coragem do proletariado palestino liderado por uma inquebrantável resistência armada e preparada para a luta contra o colonialismo e o expansionismo sionista tornam ainda mais claramente vexatória a postura colaboracionista da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e de seu "líder", Mahmoud Abbas, que gosta de sentar à mesa para "negociar" com os ladrões e assassinos do seu povo.

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